A Divindade de Jesus

Dizem que Jesus Cristo teria sido apenas um homem comum, um mestre religioso como muitos outros...

Uma das declarações mais enfáticas sobre o que Jesus Cristo realmente é encontra-se em Colossenses 1.15-17: ele é “a imagem do Deus invisível, o primogênito sobre toda a criação, pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos sejam soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele. Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste”.

Jesus Cristo não é apenas semelhante a Deus. Não, ele é “a imagem do Deus invisível”. Isso significa que ele é tudo o que representa Deus (cf. Hb 1.3). Jesus é a revelação de Deus. Quem o vê, vê o Pai. Ele e o Pai são plenamente um; ele está no Pai assim como o Pai está nele (Jo 10.30,37-38; 12.45; 14.7,9). Os judeus entenderam muito bem a reivindicação de Jesus de ser Deus. Este, afinal, foi o motivo pelo qual quiseram matá-lo: “Responderam os judeus: ‘Não vamos apedrejá-lo por nenhuma boa obra, mas pela blasfêmia, porque você é um simples homem e se apresenta como Deus” (Jo 10.33).

Em Colossenses 1.15-17, o Senhor Jesus não é apresentado como criatura, mas como Criador. Apocalipse 3.14 apresenta-o como “a origem da criação de Deus” (NVT). Isso não significa de modo nenhum que Jesus seja o primeiro que Deus criou, mas que nele tudo o que foi criado se iniciou.

Além disso, constata-se que Jesus tem a absoluta precedência em tudo (tanto no mundo visível como no invisível). A ele foi dado todo o poder sobre toda soberania e todo domínio nos céus e na terra (Mt 28.18). Jesus também precede tudo no que se refere à adoração, ao alvo de toda a história sagrada. Jesus não poderia ter essa precedência se não fosse verdadeiramente Deus.

Há uma multidão de referências bíblicas falando claramente da divindade de Jesus.

Seleciono aqui duas referências bíblicas dentre a multidão delas que falam claramente da divindade de Jesus: “‘Eu sou o Alfa e o Ômega’, diz o Senhor Deus, ‘o que é, o que era e o que há de vir, o Todo-poderoso’” (Ap 1.8). Aquele que virá é identificado aqui como o Deus Todo-poderoso; e quem virá é Jesus, o Senhor. Depois, Hebreus 1.7-8: “Quanto aos anjos, ele diz: ‘Ele faz dos seus anjos ventos, e dos seus servos, clarões reluzentes’. Mas a respeito do Filho, diz: ‘O teu trono, ó Deus, subsiste para todo o sempre; cetro de equidade é o cetro do teu Reino’”. Aqui Deus fala do Filho como Deus, e sobre o seu trono divino.

Precisamos ter convicção do fato da divindade de Jesus; caso contrário, toda a fé cristã será equivocada e insignificante. Quem desvalorizar a divindade de Jesus, desvaloriza o princípio da salvação.

Norbert Lieth é autor e conferencista internacional. Faz parte da liderança da Chamada na Suíça.

sumário Revista Chamada Julho 2020

Confira