Nova descoberta arqueológica no túnel de Ezequias
Início do túnel de Ezequias, em Jerusalém, Israel.
Mesmo sítios arqueológicos já bem explorados ainda proporcionam surpresas. Dois arqueólogos encontraram no túnel de Ezequias, em Jerusalém, inscrições até então desconhecidas que apontam para este rei bíblico. Os textos mencionam seu nome e resumem seus feitos durante os primeiros 17 anos do seu reinado. Entre esses se inclui a construção do chamado túnel de Ezequias e a reforma do culto que o rei havia empreendido. Para o historiador bíblico Gershon Galil, trata-se de “uma das mais importantes descobertas arqueológicas em Israel até agora”. Segundo Galil, os textos coincidem em parte literalmente com as narrações bíblicas (2Rs 18.1,4,8; 20.13,20). Eles citam a origem e o título de Ezequias, que reinou em Judá no último quarto do século VIII a.C. Além disso, o relato inclui o projeto de construção do túnel, a bem-sucedida luta contra os filisteus, a reforma do culto na qual Ezequias agiu contra a idolatria, e o acúmulo de tesouros. Para Galil, a descoberta confirma que se trata dos manuscritos bíblicos mais antigos encontrados até agora. Eles fundamentam o fato de que o conteúdo dos livros dos Reis se baseiam em inscrições contemporâneas. Portanto, a Bíblia documenta “realidade histórica e não fantasia”. Além disso, os achados confirmam que foi Ezequias quem empreendeu a construção do túnel, e não alguém outro. Essas recém-descobertas inscrições deverão ser publicadas em livro ainda neste ano, incluindo fotos das inscrições e explicações linguísticas e históricas. Galil foi diretor da faculdade de história judaica da Universidade de Haifa.