Nunca mais?

Com frequência, judeus são mortos em Israel por terroristas palestinos árabes. Alvejados, esfaqueados ou atropelados, além das dúzias de ataques por mísseis oriundos de Gaza e do Líbano, dos quais felizmente a maior parte é interceptada pelo sistema israelense de defesa antimísseis. Onde fica a reação das pessoas a esses brutais ataques? Onde fica o “nunca mais”? “Nunca mais” são as palavras com as quais deveriam ser tiradas as lições do Holocausto, mas a realidade é outra. Embora sempre se prestem reverências em ocasiões como o Dia do Holocausto ou se façam belos discursos em outros eventos, uma reação ofensiva à matança de judeus em Israel não existe. Hoje, reações ofensivas ou interesse genuíno só vem da direita política. Os partidos ou organizações difamados pela esquerda e a maior parte da mídia como “nazistas”, “fascistas” ou “populistas de direita” estão junto com os cristãos evangélicos entre os poucos que se engajam ativamente a favor de judeus e de Israel. Por outro lado, o mundo – a social-democracia e os partidos verdes – se dedicam com prazer e frequência a protocolar a “miséria” dos assim chamados palestinos. Quando em fins de fevereiro deste ano cidadãos israelenses indignados com o assassinato de dois irmãos judeus tramaram conflitos no povoado de Huwara, passaram-se só poucos dias até que em vários locais da Europa ocorressem protestos políticos. Esclarecendo: é claro que tais excessos, durante os quais também morreu um palestino e houve feridos, não são aceitáveis, e os autores foram presos e punidos. No início de março, vários diplomatas da UE visitaram “a comunidade palestina” de Huwara para “expressar às vítimas dos atentados de 26 de fevereiro suas profundas condolências e condenar com o maior rigor a violência dos colonos”. Nenhuma visita e nenhuma “profunda condolência” houve nos últimos seis meses para as vítimas judias do bárbaro terror antissemita palestino que inclui também o brutal assassinato de bebês, adolescentes e mulheres. Nenhuma palavra de condolência ou tristeza. Nenhum “nunca mais”!

audatur-online.ch

sumário Revista Chamada Agosto 2023

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